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Energia inteligente

Fonte: Isto É Dinheiro - 07.12.2009

Brasil - O brasileiro voltou a conviver com apagões desde o início de novembro quando 18 estados brasileiros ficaram às escuras. No Rio de Janeiro, os habitantes da cidade ainda enfrentavam miniapagões diários na semana passada. De 2009 até 2013, 62% do crescimento da capacidade energética no Brasil virá de usinas térmicas, consideradas uma fonte mais cara e ambientalmente incorreta. Mas há uma forma mais simples para ajudar a resolver os problemas de distribuição do país. É a tecnologia chamada de redes inteligentes de energia (smart grid, do termo em inglês). A tecnologia é o principal pilar do plano de renovação do setor elétrico que está sendo conduzido pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

As redes inteligentes prometem um sistema elétrico mais eficiente e confiável. Elas são capazes de redirecionar distribuição de energia.

Este é o caso da Ampla, empresa pertencente ao grupo espanhol Endesa, responsável pelo abastecimento de 73% do estado do Rio de Janeiro. A companhia investiu R$ 300 milhões para instalar medidores eletrônicos de consumo em áreas com alto índice de fraudes. "Começamos o projeto em 2005 para inibir o roubo de energia", afirma o diretor de relações institucionais da empresa, André Moragas. Dos 2,5 milhões de clientes da companhia, 300 mil contam com os novos equipamentos. O índice de ligações clandestinas caiu de 26%, em 2003, para 20%, após o início do projeto. De acordo com Moragas, cada ponto percentual reduzido significa uma recuperação financeira de R$ 40 milhões.

O grupo Rede Energia, que atua em sete Estados brasileiros, também investe em medidores eletrônicos em algumas localidades. Segundo o vice-presidente de operações da companhia, Sidney Simonaggio, estão sendo trocados a energia em momentos de escassez. Uma casa ou região com baixo consumo pode, em um determinado horário, ter a energia desviada, por exemplo, para um hospital que necessite com urgência da eletricidade. O consumidor pode também armazenar a sua própria energia, evitando os apagões em momento de desabastecimento. Hoje, o sistema brasileiro não tem desligamento seletivo e foi justamente este fator que provocou o blecaute em cadeia em 18 estados brasileiros.

O primeiro passo para criar redes inteligentes é trocar os medidores. Cada casa precisa ter um e eles passam a se comunicar com outros medidores de uma rede. Juntos, definem as prioridades de os equipamentos nos estados de Mato Grosso e do Pará, que passarão a contar com um sistema de medição centralizada, no qual é possível, inclusive, desligar remotamente a transmissão de energia.

Simonaggio calcula em R$ 700 por cliente o custo para implantar uma rede inteligente no Brasil. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), atualmente são 63 milhões de unidades consumidoras de energia no país, o que resultaria em um custo total de mais de R$ 44 bilhões.

A estrutura tarifária também precisa mudar. Hoje, o sistema não permite cobranças diferenciadas conforme o horário de consumo, o que poderia ser feito com as redes inteligentes. Segundo a Aneel, até o final do primeiro semestre de 2010 será realizada uma audiência pública para definir as propostas de alteração da estrutura tarifária. A pressa se justifica: segundo especialistas, a transição para o novo modelo leva entre cinco e sete anos.

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