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EXPERIÊNCIAS DO CIBIOGÁS-ER SERÃO REPLICADAS NO ESTADO DE ALAGOAS

Da esquerda para direita: secretário adjunto de Energia e Recursos Minerais-AL, Jackson Pacheco de Macedo; secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário-AL, Carlos Henrique Amorim Soares; Rodrigo Regis de Almeida Galvão diretor-presidente do Centro Internacional de Energias Renováveis – Biogás (CIBiogás-ER), Jeferson Toyama diretor de desenvolvimento tecnológico do CIBiogás-ER e Ronaldo de Moraes e Silva, Diretor técnico do SEBRAE-Alagoas. Foto: Poliana Corrêa

O Estado de Alagoas já é considerado um grande exemplo para o Brasil na área das energias renováveis, visto que 84% da energia gerada se dá por meio destes tipos de fonte. Apesar do panorama positivo, o Estado deve expandir ainda mais estas práticas após a assinatura de uma carta de intenções durante assembleia ordinária do Centro Internacional de Energias Renováveis – Biogás (CIBiogás-ER), realizada na última semana.

A parceria prevê uma cooperação envolvendo transferência de conhecimento e tecnologias sobre produção e uso do biogás, além da construção de capacidades sobre energias renováveis e a replicação de ações desenvolvidas pelo CIBiogás-ER.

Além da Itaipu Binacional e do Cibiogás-ER, fazem parte da parceria o Governo do Estado de Alagoas - por meio das  Secretarias de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (SEPLANDE-AL), da Ciência da Tecnologia e da Inovação (SECTI) e da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (SEAGRI) - o Serviço de Apoio a Micro e Pequenas Empresas de Alagoas (SEBRAE-AL) e o Instituto de Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Alagoas (ICTAL).

A carta de intenções foi assinada pelo diretor técnico do Sebrae-AL, Ronaldo de Moraes e Silva; o secretário adjunto de Energia e Recursos Minerais-AL, Jackson Pacheco de Macedo; o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário-AL, Carlos Henrique Amorim Soares; o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek; e o superintendente de Energias Renováveis da Itaipu Binacional, Cícero Bley Junior

De acordo com Jackson Pacheco de Macedo, a parceria vai ter grande importância na solução dos problemas gerados pelos resíduos resultantes do processamento da mandioca e da produção de leite: 

O Estado de Alagoas tem um potencial de biomassa muito grande. E aqui em nosso estado nós temos dois “povos”: um de uma cadeia de laticínios, derivados do leite, e também da cultura da mandioca para fazer farinha da cultura da mandioca. Em ambos os casos eles deixam resíduos que agridem a natureza. No caso, a manipueira, e a criação de gado nessa parte dos derivados do leite. Esta carta de intenções vai abrir a possibilidade para diversos convênios. Este foi o ponto de partida. Já teve visita para verificar o potencial nosso, mas agora vamos receber visitas mais detalhadas para detalhar os programas que podem ser desenvolvidos aqui”. 

Jackson também comentou sobre a importância social, econômica e ambiental que as práticas do biogás poderão trazer à população alagoana: 

Vai ter uma grande importância social porque no nosso caso essa área da parte de laticínios e mandioca são pequenos agricultores. Então esse tipo de trabalho, você utilizar essa biomassa que hoje é resíduo para geração de gás e a partir desse gás gerar energia elétrica para eles consumirem fortalece essa cadeia e vai melhorar muito a condição desses pequenos produtores. Quando não for o caso, no caso das casas de farinha o próprio biogás para queimar e com isso vai economizar lenha que já é tirada da nossa restinga, do nosso bioma que é muito frágil. Esse pessoal vive tirando madeira para poder fazer queimar nestes fornos. Isto é uma grande agressão ao meio ambiente, não só devido a queimar essa madeira (em muitos casos até de maneira clandestina) como também o resíduo da manipueira que é altamente tóxico e isso fica infiltrando no solo. Então o ganho em relação ao meio ambiente é muito grande e o ganho para fortalecer estes pequenos produtores também é muito grande”. 

Ronaldo de Moraes e Silva, Diretor técnico do SEBRAE-Alagoas, ressalta que além das vantagens ambientais, o projeto trará incentivos para o desenvolvimento econômico local, inicialmente para os pequenos produtores envolvidos, até futuramente alcançar as grandes cadeias de produção. 

O impacto inicial ele é bem mais forte nessas famílias ligadas ao nosso trabalho. Mas a gente acredita que com isso, gerando bons exemplos, a exemplo do que foi feito aí no Paraná, a gente acredita que isso possa ser bastante difundido, e aí sim, ter um impacto muito forte que até no momento fica difícil dimensionar, mas a gente vê que esses dois impactos; tanto econômico quanto ambiental, vão gerar grandes benefícios para toda cadeia”.

O primeiro contato entre as autoridades alagoanas e o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás-ER) ocorreu durante visitas técnicas realizadas no ano passado. Durante a assembleia ordinária do CIBiogás-ER, Rodrigo Regis de Almeida Galvão foi empossado como novo diretor-presidente e tem como meta consolidar a expansão de projetos desenvolvidos pelo Centro não apenas no Brasil, como na América Latina e África.

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