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Concert Technologies busca consolidação para crescer no mercado

Empresa negocia associação com concorrentes e quer conquistar mercado internacional

Alexandre Canazio, da Agência CanalEnergia, PeD e Tecnologia
13/07/2012
O mercado de soluções para o setor elétrico está movimentado, principalmente, com os esforços das empresas em aumentar a automação e a inteligência das redes. Com isso, os fornecedores de soluções têm que agir para atender as necessidades das elétricas. A brasileira Concert Technologies está aproveitando o momento para colocar em marchar seu plano de expansão não só no mercado interno como no exterior. No Brasil, a empresa tem usado os programas de Pesquisa e Desenvolvimento das elétricas para desenvolver novas soluções inteligentes para integração da operação com a gestão corporativa.
Além disso, a Concert está em conversações com outras empresas de tecnologia para uma possível consolidação. Leonardo Fares, diretor comercial da companhia, explica que a intenção é dar fôlego a empresa para competir com os gigantes internacionais. "A competitividade é grande. Somos uma empresa pequena para o setor. Queremos consolidar com empresas brasileiras e a meta é comprar uma empresa nos EUA", avisa o executivo em entrevista à Agência CanalEnergia.
A ambição americana se justifica pelo acesso ao maior mercado e acervo de tecnologia do mundo. Mas, o foco da empresa é mesmo os países em desenvolvimento. "Há um mercado grande nos países em desenvolvimento", avalia. Para conquistar esses mercados, o executivo disse que é importante se ter um arcabouço empresarial, ou seja, a soma de ofertas de várias empresas para se ter soluções integradas as necessidades dos potenciais clientes.
"Nesses países, é preciso que o governo esteja presente, o que acontece com as missões empresarias; e de financiamento, cujas estruturas o BNDES está desenvolvendo", observa. A Concert já se faz presente em mercados como da Colômbia e Moçambique. O Brasil, porém, é ainda o principal mercado da empresa. Aqui, entre seus principais clientes estão Cemig e AES Eletropaulo, com quem tem desenvolvido projetos dentro dos programas de P&D.
"Desenvolvemos soluções visando integrar campo e gestão corporativa", define a filosofia da empresa. Fares diz que a empresa está interessada no desenvolvimento das redes inteligentes, mas deixa claro que não faz medidores. "O smart grid junta os conceitos antigos de automação da rede com a possibilidade de tecnologias novas", completa. O executivo afirma que o Smart Grid permite potencializar o controle da rede de milhares para milhões de pontos, por isso, a aplicação de soluções inteligentes é fundamental.
A Concert concluiu recentemente a instalação da segunda geração da solução xOMNI na Cemig, totalmente adaptada para o Smart Grid. "O sistema tem capacidade de trabalhar milhões de dispositivos de monitoramento", explica Fares. Com a empresa mineira também, dentro do P&D, a Concert está desenvolvendo um sistema de geração híbrida solar fotovoltaica e gás natural. A solução é para grandes complexos comerciais como shopping centers e hipermercados. "Eles poderão vender energia ao sistema", adianta.
Os olhos da empresa também estão voltados para a cibersegurança. Com o desenvolvimento das redes inteligentes, esse assunto ganha importância estratégica em decorrência da ligação entre os equipamentos. Fares explica que a primeira fase do projeto está pronta e permite fazer diagnósticos do nível de segurança da rede. "Na próxima etapa, vamos desenvolver uma forma de sair do diagnóstico a atuação", observa.
Com a AES Eletropaulo, a Concert desenvolveu um hardware chamado de Smart Transformer, que é instalado nos transformadores, permitindo fazer diagnósticos da rede em tempo real. Outra aplicação já em implantação é o xOMNi Maps, que permite visualizar a rede em um mapa e trabalhar os equipamentos ao mesmo tempo, reduzindo tempo de deslocamento de equipes e de desligamentos.
A Concert está estruturando atualmente um projeto para desenvolver uma solução para gestão de ativos, que permite planejar a vida útil dos equipamentos. "O objetivo é desenvolver uma ferramenta para monitorar os equipamentos tecnológicos", adianta. A medição fasorial, ou seja, dos fasores, que são os componentes que formam variáveis como tensão, corrente e potência, também está nos planos da empresa. "Poderia com isso se antecipar um apagão, por exemplo, e atuar de maneira preventiva para evitar ou isolá-lo", afirma.

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