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Incubada do Itep, de Pernambuco, desenvolve produtos para racionar energia


Fonte: Diário Oficial Pernambuco - 20.01.2009

Pernambuco - A consultoria realizada pela EcoEnergia se baseia no programa de eficiência energética, que possui três fases. A auditoria - visita ao cliente - a entrevista com os funcionários da empresa - com objetivo de listar os equipamentos eletroeletrônicos utilizados e analisar os hábitos de consumo de energia nos setores e, por fim, a elaboração do Plano de Gestão de Energia (PGE). O plano consiste em listar as ações que devem ser adotadas pelo cliente para atingir a redução dos gastos. O PGE também indica a criação do Comitê Interno de Conservação de Energia (CICE). “É uma espécie de CIPA (Comitê Interno de Prevenção de Acidentes), criado com os funcionários da empresa/cliente, só que voltado para otimizar o uso da energia; sem desperdício”, diz um dos proprietários da incubada, Aldonso Martins.

A EcoEnergia, surgiu em 2007, por intermédio de estudantes dos cursos de eletrotécnica e eletrônica da Universidade de Pernambuco (UPE), que também atua na área de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica, e desenvolveu, recentemente, um equipamento que controla de forma inteligente os gastos com ar-condicionado. O controle é associado à temperatura do ambiente. Para outro sócio da empresa, Rodrigo Regis, através dos novos recursos “a economia pode chegar até 33%”. Ele acrescenta que a redução vai depender da idade, da conservação, do horário e da altura do ar-condicionado, além da quantidade de pessoas e equipamentos utilizados na mesma sala.

Cada equipamento vai custar entre R$ 200,00 e R$ 250,00. Num período de três a 10 meses, a empresa terá o retorno do investimento, mediante a economia de energia obtida com a instalação do serviço. Para Regis, a conservação e a potência do ar-condicionado é que estabelecem o tempo exato de retorno financeiro. “Quanto maior a potência, mais rapidamente a empresa terá a economia”, ressalta. De três a quatro meses para ar-condicionados de 30 mil btus; seis a sete meses para os de 18 mil e, até dez meses para os de 7.500 btus.

Empresas como a São Mateus e a Oi Telefonia já estão interessadas em adquirir os serviços da EcoEnergia. Afora as empresas Sol, do estado do Ceará e a Rastrecall - representante da Nextel no Rio de Janeiro. Outro projeto de pesquisa na gestão de energia que está em desenvolvimento pela incubada do Itep é o Medidor Pontual de Parâmetros de Energia. O novo equipamento pretende medir isoladamente o consumo de energia elétrica de equipamentos e ou setores da empresa, com o objetivo de auxiliar em projetos de eficiência energética.

“Na medida em que se sabe o quanto cada eletroeletrônico gasta ou quanto cada setor consome de energia, é possível detectar as melhores iniciativas para economizar”, diz Martins. A EcoEnergia vem tentando buscar apoio financeiro para continuar investindo no segmento, por meio de projetos enviados a órgãos financiadores estaduais e federais. A exemplo do Fundo de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério de Ciência e Tecnologia.

Incubadas - As empresas incubadas pelo Itep recebem apoio em capacitação através de cursos; consultorias específicas; participação em eventos; assinatura de periódicos; salas individuais climatizadas e mobiliário básico; ambientes compartilhados - sala de reunião, treinamento, auditório, assessorias técnicas de projetos, planejamento, negócios, comunicação, comercialização, design, marcas e patentes.

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