Fonte: Brasil Energia – 04.12.2009
Brasil – O volume de negócios envolvendo o mercado de eficiência energética vai fechar 2009 com uma carteira estimada em R$ 900 milhões. O crescimento será 15% superior ao registrado em 2008, mas inferior aos 35% obtidos em 2008, comparativamente a 2007, segundo informação da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco).
Além de R$ 350 milhões em projetos implantados sob a legislação da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), o montante alcançado no ano passado envolve tanto ações desenvolvidas no âmbito do Compet e Procel, como também iniciativas voluntárias implementadas por grandes empresas como Vale e Usiminas, entre outras. Para 2010 a previsão é atingir uma performance entre 35% e 40%.
“As perspectivas são bastante positivas, principalmente em decorrência das decisões que serão tomadas ao longo da 15a Conferência da Convenção do Clima, em Copenhage”, aposta o novo presidente da Abesco, José Starosta, da Ação Engenharia, empossado nesta sexta-feira, 4/12, para a gestão 2010/2011. Mestre em Engenharia Elétrica pela Universidade de São Paulo (USP), ele deixa a presidência do Conselho Executivo para substituir Ricardo Davi, da Ecoluz, que dirigiu a associação entre 2004 e 2009.
Além da implementação de um plano diretor – que já conta com grupos de trabalho definidos e em atividade –, Starosta tem entre suas metas fazer avançar as articulações em torno da formação de um fundo garantidor de cerca de R$ 100 milhões para suportar projetos de eficiência energética. O segmento não consegue alavancar a implementação do seu potencial principalmente pela dificuldade na obtenção de financiamentos, ante as rigorosas exigências dos bancos, inclusive no âmbito do Proesco, linha do BNDES. “Queremos também agilizar a tramitação burocrática dos processos porque os clientes não podem esperar seis meses para colocar projetos em prática”.
Outra preocupação do novo presidente da Abesco é a extinção, em 2010, da exigência de aplicação de 0,5% da receita operacional líquida por parte das concessionárias em ações contra desperdício de energia. A mobilização em torno do tema, explica, passa por articulações junto ao Congresso Nacional, já que a continuidade dos programas não depende da Aneel. “O Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) deveria permanecer”, defende.
A profissionalização das empresas que atuam na área de eficiência também está na lista de objetivos de José Starosta. A Abesco negocia com uma universidade e deverá contatar outras instituições interessadas em criar e aplicar processos de certificação.
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