Pular para o conteúdo principal

Teoria dos Conjuntos Fuzzy

Rodrigo Regis

Um Conjunto Fuzzy é definido em um universo de discurso (conjunto base) X, e caracterizado pela sua função de pertinência:
A : X -> [0,1]
onde A(x) representa o grau com que x pertence a A e expressa a extensão com que x se enquadra na categoria representada por A.
Uma função de pertinência particular pode ser visualizada por meio da Equação ( 1 ). Como constata-se esta função é triangular e as variáveis a, b e c são parâmetros da função.
Equação (1)
Conforme definido anteriormente, a teoria dos Conjuntos Fuzzy é uma extensão da teoria dos Conjuntos Tradicionais. Assim, as principais operações e relações entre Conjuntos Fuzzy são definidas como extensão das operações e relações tradicionais, como pode ser visto na Tabela 1, onde A e B denotam Conjuntos Fuzzy sobre um conjunto base X e A(x) e B(x) representam os graus de pertinência de x nos Conjuntos Fuzzy A e B respectivamente.
N°
Operação
Representação
Natureza
1
Complemento
ØA(x) = 1 - A(x)
Operação
2
Diferença
(A ¹ B) se A(x) ¹ B(x) para pelo menos um elemento de x Î X
Relação
3
Igualdade
(A = B) se A(x) = B(x) para todo x Î X
Relação
4
Inclusão
(A Í B) se A(x) £ B(x) para todo xÎX
Relação
5
Intersecção
A ÇB = A(x) Ç B(x) = min [A(x), B(x)]
Operação
6
União
AÈB = A(x) È B(x) = max [A(x), B(x)]
Operação
Além das operações e das relações os Conjuntos Fuzzy possuem algumas características especiais. Entre tais características encontram-se: Corte a, Conjunto de Níveis, Suporte, Altura e Normalização. A seguir tais características serão apresentadas de forma sintética, supondo que A é um Conjunto Fuzzy sobre o conjunto base X.

O Corte a (aA) de um Conjunto Fuzzy A corresponde ao Conjunto Tradicional que contém todos os elementos do conjunto universo X com grau de pertinência em A maior ou igual a a, enquanto que o Corte a forte (a+A) contém todos os elementos em um conjunto universo X com grau maior que a, onde a pertence [0,1].
O Conjunto de Níveis (L) de um Conjunto Fuzzy A corresponde a um conjunto que contém todos os valores a percente [0,1] e que representam Cortes a de A distintos. O Conjunto de Níveis do Conjunto Fuzzy A é representado formalmente por:
LA = {a | A(x) = a para algum x pertence X} ( 11 )
O Suporte de um Conjunto Fuzzy A, em um conjunto universo X, é o Conjunto Tradicional que contém todos os elementos de X que possuem grau de pertinência diferente de zero em A. Claramente, o Suporte de A é exatamente o mesmo que o Corte a forte de A para a = 0. Vários símbolos especiais costumam ser usados para representar o Suporte de um conjunto, tais como: S(A) ou supp(A). Este trabalho usará a simbologia de 0+A para esta representação.
0+A = {x pertence X | A(x) > 0} ( 12 )
A Altura (h) de um Conjunto Fuzzy A corresponde ao seu maior grau de pertinência, entre todos os elementos do conjunto.
h(A) = supx pertence X A(x) ( 13 )
Um Conjunto Fuzzy A é chamado de Normal quando a sua Altura é igual a 1, ou seja, pelo menos um grau de pertinência, dos elementos do conjunto, possui valor máximo, enquanto que os conjuntos que não possuem Altura igual a um são chamados de subnormal. Portanto:
A é dito normal se h(A) = 1
A é dito subnormal se h(A) < 1
Caso um Conjunto Fuzzy possua apenas um elemento com grau de pertinência igual a um, este elemento é denominado protótipo do conjunto. Um Conjunto Fuzzy não normalizado pode ser normalizado por meio da divisão dos graus de pertinência de cada elemento, pelo maior grau de pertinência encontrado no conjunto.
Definidas as características especiais dos Conjuntos Fuzzy se faz necessário apresentar as Proposições Fuzzy extraídas de, para um posterior entendimento deste trabalho.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Blog apoiado pela Siemens discute os principais desafios das grandes cidades

Fonte: Assessoria de imprensa da Siemens - 28.09.2009 Brasil - As mudanças globais apontadas pelo estudo "Desafios das Megacidades", desenvolvido pelas consultorias GlobeScan e MRC McLean Hazel, abriram espaço para a discussão de soluções para problemas como consumo de energia, transporte, moradia e emprego. O blog www.odesafiodasmegacidades.com.br , apoiado pela Siemens, discute temas como energias renováveis, eficiência energética, urbanização, crescimento sustentável e outras problemáticas presentes no crescimento das metrópoles e mostra como o desenvolvimento de novas tecnologias podem ajudar a solucionar os obstáculos do dia a dia de quem vive nas grandes cidades.

Veja como a Seleção Natural e Genética influenciam a Inteligência Artificial.

Rodrigo Regis Dentre várias técnicas de Inteligência Artificial existentes, hoje, vamos falar do Algoritmo Genético. O  Algoritmo Genético  ( AG ) é uma  t écnica  de busca utilizada na ciência da computação para achar soluções aproximadas para problemas de otimização e busca, inspirados nos mecanismos de seleção natural (Teoria da Evolução) e genética.  Eles combinam um mecanismo de valorização dos “melhores” indivíduos, ou dos mais adaptados ao objetivo em questão, com uma estrutura para combinar e “reproduzir” aleatoriamente estes indivíduos, criando uma nova população. Assim, a cada geração, um conjunto de novos indivíduos é criado utilizando-se informações contidas na geração passada. Os Algoritmos genéticos são implementados  em computadores em que uma população são representações abstratas de uma problema e os melhores indivíduos, dessa população, são selecionados para cruzamento. A evolução geralmente se inicia a partir de um conjunto de soluções criado aleatoriamente

Curso de Básico de Eficiência Energética - Cap.5 Lâmpadas fluorescentes e reatores eletrônicos eficientes

Vamos agora listar uma série de dicas para economizar energia reduzindo a potência e o tempo de funcionamento. Hoje existem no mercado lâmpadas fluorescentes de menor potência e que iluminam da mesma maneira que as tradicionais. Por exemplo: Se você tem uma lâmpada fluorescente de 40W, substitua por uma de 32W ou de 28W (neste caso será necessário substituir a luminária); Se você tem uma lâmpada fluorescente de 20W substitua por uma de 16 W ou de 14W (neste caso será necessário substituir a luminária); Em qualquer situação faz-se necessário um cálculo luminotécnico, com um engenheiro eletricista ou técnico graduado para cumprir com as exigências da Norma ABNT 5413 - Iluminação de Interiores. Essas lâmpadas necessitam, para seu funcionamento, um equipamento denominado reatore. Existem 2 tipos: Convencionais que consomem em torno de 15 W para cada duas lâmpadas fluorescentes de 40W; Eletrônicos que consomem 2W para a mesma situa