Hoje, a missa, na Paróquia de Nossa Senhora de Guadalupe, foi celebrada por um jovem Frade chamado Gustavo. A sua homilia foi bastante profunda e alinhada com os principais desafios que passamos todos os dias em nossas relações e, sobretudo, com nós mesmos.
Tudo começa com os nossos valores, quais são os nossos valores? Todo mundo fala de ética, cuja suas bases são: o respeito, a justiça e solidariedade. Eu vejo um mundo que a cada dia que passa a felicidade se resume a busca da riqueza e dos bens materiais, onde os fins justificam os meios e os sorrisos, muitas vezes, transmitem a falsa felicidade.
Vivemos em um mundo que Ajudar ou ser solidário, isto é, ter manifestação de sentimento, com o intuito de confortar ou ajudar, foi substituído por troca de favores, tipo: "uma mão lava a outra".
É muito duro ver a supressão do bem comum em detrimento das manifestações dos Egos. Tudo isso que estamos vivendo se deve, sem dúvidas, a uma inversão de valores.
Voltando a missa de hoje.
Meus amigos, não vamos desanimar… “Não temas, Sião, não te deixes levar pelo desânimo!” (da primeira Leitura desse Domingo). ”Não vos inquieteis com coisa alguma, mas apresentai as vossas necessidades…acompanhadas de ação e gratidão” (da segunda leitura desse domingo).
Essa vai na veia... como é difícil falar de nossas necessidades, não é? Todavia, como é fácil terceirizar a culpa, tal como uma criança de 4 anos que culpa o irmão de 2 meses de ter pintado a parede. Sair da zona de conforto e trabalhar para construir um mundo melhor é o nosso desafio e, para isso, devemos agir. No entanto, nunca se esqueça de ser grato, a gratidão é um sentimento muito nobre, todavia mais nobre ainda é fazer as coisas certas, sem esperar a gratidão de terceiros.
No evangelho de hoje Lc 3,10-18
"As multidões perguntavam a João Batista:«O que é que devemos fazer?»
Ele respondia: «Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem. E quem tiver comida, faça a mesma coisa.»
Alguns cobradores de impostos também foram para ser batizados e perguntaram: «Mestre, o que devemos fazer?» João respondeu: «Não cobrem nada além da taxa estabelecida.»
Alguns soldados também perguntaram: «E nós, o que devemos fazer?» Ele respondeu: «Não maltratem ninguém; não façam acusações falsas…"
Em resumo, seja ético, isto é, respeitoso, solidário e justo.
Por fim, mesmo seguindo esta cartilha, agindo com humildade, em busca do bem comum, sendo respeitoso, justo, solidário, jamais, pense que o caminho será fácil. Nessas horas, é importante saber escutar e seguir os ensinamentos da filosofia tolteca dos 4 compromissos. E quando não há consenso? Viva a democracia! Nem tudo é do jeito que gostaríamos. Portanto, não esqueça da dialética de Platão em o que processo de diálogo e de debate entre interlocutores comprometidos com a busca da verdade, através do qual a alma se eleva e aos poucos dá aparências sensíveis às realidades inteligíveis do confronto das ideias. E assim, vamos construindo sem desanimar.
Vivemos uma transição de pensamento, e a preocupação do o bem comum já está aparecendo a exemplo foi o acordo climático firmado ontem em Paris na COP 21. Eu acredito na humanidade, eu acredito na união e na construção de um mundo mais ético.
Sozinhos vamos mais rápidos, mas juntos vamos mais longe!
Comentários
Postar um comentário