A criação
da figura do comercializador varejista vai favorecer a entrada das usinas
eólicas no mercado livre, segundo o presidente da Câmara de Comercialização de
Energia Elétrica, Luiz Eduardo Barata. Para ele, após a regularização desse
tipo de comercializador, o impacto no mercado será rapido. "O efeito do
comercializador varejista vai ter impacto imediato na atração de eólica para o
mercado livre. Ele vai ser um catalisador", afirma. O comercializador varejista
vai concentrar os negócios no mercado dos consumidores especiais, com carga
entre 500 kW e 3 MW. Uma das metas da Associação Brasileira de Energia Eólica é
a inserção das usinas eólicas no mercado livre.
Barata
pontuou para o deslanche da fonte no mercado livre a necessidade de uma
sinalização de preço e a criação de um aparato de finaciamento, além da venda
de excedentes. Com uma forte tendência de crescimento, ele inclui ainda os
empreendimentos concluídos antes do prazo que também poderão vender energia.
"Se considerarmos que algumas eólicas do A-5 poderão ser antecipadas elas
podem alimentar consumidores do ambiente livre", aposta.
Ainda com
um volume pequeno de eólicas no ambiente de contratação - são apenas três
parques eólicos no mercado livre no momento - Barata reconhece a contribuição
que as usinas podem dar ao mercado livre. "O que há no mercado livre ainda
é do Proinfa, mas a entrada da eólica no mercado livre é uma questão de
tempo".
O
presidente da CCEE também classificou a decisão da ABEEólica em conjunto com a
Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa de criar uma certificação,
como incentivadora para a compra de energia eólica on mercado livre. A
certificação vai tornar possível que um empreendimento comercial ou industrial
informe que seu produto foi feito utilizando energia limpa.
"Principalmente para quem exporta isso vai ter um valor muito
grande", explica.
(Pedro
Aurélio Teixeira)
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