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Inovação Tecnológica e a Transição Energética: Explorando Novos Negócios


A transição energética é um tema central na pauta mundial, e com razão. Como afirma o filósofo e pensador francês René Dubos, "o futuro da humanidade depende de sua capacidade de desenvolver uma nova relação com a natureza." A mudança para fontes de energia limpa e renováveis é fundamental para alcançarmos essa nova relação.



No Brasil, a transição energética pode ser um motor para a reindustrialização baseada na economia verde. De acordo com dados da Agência Internacional de Energia, a geração de energia a partir de fontes renováveis já representa mais de 80% da matriz energética brasileira. Isso coloca o país em uma posição privilegiada para explorar o potencial de novos negócios no setor, como as indústrias de etanol, biogás, hidrogênio verde e veículos elétricos.


Essa transição também traz oportunidades para o desenvolvimento de novas tecnologias que estão e irão inovar os modelos de negócios das organizações do setor, como a geração distribuída, a digitalização, a diversificação e o uso de NFTs, blockchain e metaverso. Como afirma o escritor e futurista Peter Diamandis, "as novas tecnologias estão criando oportunidades sem precedentes para mudar o mundo e melhorar a vida das pessoas.


Por isso, as empresas de energia precisam entender que seu negócio vai além do transporte, distribuição e comercialização de KWh. Como afirma o economista e ambientalista Amory Lovins, "a energia é uma solução para muitos problemas, não apenas um problema em si mesma." Isso significa que as empresas de energia precisam pensar em como suas soluções podem contribuir para o saneamento ambiental, a inclusão social e o desenvolvimento de novas cadeias produtivas.


As novas tecnologias


As novas tecnologias também irão ajudar na transição, como as cadeias de produção baseadas em NFTs (non-fungible tokens), blockchain e metaverso. Essas tecnologias podem ser usadas para criar soluções inovadoras para o setor de energia, incluindo:

  • NFTs podem ser usados para gerar e vender créditos de carbono de maneira automatizada e transparente. Isso permite que as empresas e indivíduos compensem suas emissões de carbono através de projetos de mitigação, como a plantação de árvores ou investimentos em fontes de energia renováveis. Também, podem ser usados para representar ativos de energia renovável, como painéis solares ou turbinas eólicas, possibilitando a negociação deles como ativos digitais.
  • Blockchain pode ser usado para garantir a transparência e a segurança dos dados de produção e consumo de energia, permitindo que as pessoas e empresas tenham acesso à informação sobre o uso de energia. Além disso, pode ser usado para garantir a autenticidade de certificados de origem de energia renovável e para facilitar a negociação de créditos de carbono.
  • Metaverso pode ser usado para simular e testar novas tecnologias de geração de energia e soluções de armazenamento, permitindo que as empresas e pesquisadores experimentem com diferentes configurações e tecnologias sem precisar construir instalações físicas.

Além disso, o setor de energia também pode beneficiar-se de soluções inovadoras como a produção de biogás e amônia verde com hidrogênio verde, que vão além de simplesmente produzir KWh de energia, mas também contribuir para a sustentabilidade ambiental e a inclusão social.


De acordo com o livro "Reinventing Organizations" de Frederic Laloux, as organizações precisam ser capazes de se adaptar e evoluir para acompanhar as mudanças no mundo. No setor de energia, isso significa que as empresas precisam estar abertas a novas tecnologias e formas de pensar para se manterem competitivas e contribuir para a transição energética.


Para concluir, a transição energética é uma oportunidade para o Brasil se reindustrializar através da economia verde e para o setor de energia de se adaptar e evoluir com as novas tecnologias, criando soluções inovadoras que vão além do KWh de energia, incluindo saneamento ambiental, inclusão social e desenvolvimento de novas cadeias produtivas tecnológicas e inovadoras. O Brasil não pode perder essa corrida, pois temos todas a capacidades de liderar esse processo e se reposicionar geopoliticamente. 

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