Fonte: Agência CanalEnergia - 31.07.2009
Brasil - Com uma área de concessão que reúne aproximadamente 29 milhões de clientes, referente às três distribuidoras que controla, a Neoenergia passou a colocar as fichas na eficiência energética nos últimos anos, como forma de beneficiar uma parcela desse universo que enquadra-se na categoria baixa renda, mas sem se esquecer dos demais clientes da companhia. A aposta pode ser verificada nos números da companhia, que já investiu entre 2008 e 2009 mais de R$ 57 milhões em projetos de eficiência energética.
Os resultados significativos dos projetos de eficiência energética das distribuidoras da Neoenergia estimulam a companhia a investir nesta área. "Em comunidades populares a gente tem uma inadimplência alta e nós conseguimos diminuir isso com os projetos. Com a redução do consumo por meio da troca de geladeira e lâmpadas, eles conseguem pagar a conta de luz, então reduzimos os cortes e as perdas de energia", segundo a assessora de eficiência energética do grupo, Ana Christina Mascarenhas.
Em programas, a Companhia Energética da Bahia (Coelba) empregou nos dois anos R$ 29,917 milhões, a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) contabilizou R$ 23,167 milhões e a Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern) investiu R$ 4,554 milhões. De acordo com Ana Christina, a Neoenergia trabalha com projetos iguais nas três concessionárias visando a unificá-los. "O programa é lançado em um local como piloto e depois o executamos em outras áreas através das outras distribuidoras", explicou a executiva, em entrevista exclusiva à Agência CanalEnergia.
Entre os programas de eficiência energética está o Nova Geladeira, que consiste na venda de geladeira eficiente para a população de baixa renda, a preços subsidiados. Tanto a Celpe como a Cosern vendem o eletrodoméstico a R$ 180. Já na Coelba o equipamento custa R$ 120. "Na Bahia, a gente conseguiu uma parceria com o governo do estado, que retirou o ICMS da geladeira", explica Ana Christina. O pagamento pode ser feito à vista ou parcelado. Para comprar o equipamento, os clientes devem ser moradores de comunidades populares, ter consumo acima de 80 KWh/mês nos últimos três meses e ser de classe residencial monofásica.
Iniciado no ano passado, o programa tem uma meta inicial de venda de 11.000 geladeiras na Coelba, 5.000 na Celpe e 3.000 na Cosern. Embora as distribuidoras devam atingir estes valores em setembro, a Neoenergia pretende continuar com o projeto no próximo ano. "Já estamos finalizando o projeto mas a gente deve continuar devido à grande receptividade. A partir de outubro a gente deve fazer um novo projeto, com uma nova meta", diz Ana Christina, ressaltando que a Neoenergia também substitui a fiação das residências beneficiadas pelo programa, além de trocar as lâmpadas incandescentes das casas por fluorescentes compactas. O investimento neste projeto já contabiliza mais de R$ 20 milhões das três concessionárias: Coelba, com R$ 11,852 milhões, Celpe, com outros R$ 6,371 milhões e Cosern, que já aplicou R$ 2,033 milhões.
A Neoenergia também recolhe o equipamento antigo, recicla e, no caso da Coelba, vende a sucata. A verba é revertida para projetos sociais. Desde início do projeto, a Coelba já arrecadou com esta venda cerca de R$ 300 mil. Antes de começarem as vendas das geladeiras, as três distribuidoras faziam doações do equipamento. Com exceção da Cosern, ainda hoje as concessionárias concedem gratuitamente o eletrodoméstico, mas apenas em casos específicos. Desde 2006, comenta Ana Christina, já foram doadas pelo grupo mais de 26 mil geladeiras. Para este ano a meta de doação da Celpe é de 9 mil geladeiras.
Energia Verde - Outro programa de eficiência energética do grupo é o Energia Verde, que prevê bônus creditado na conta de energia dos participantes, para que seja utilizado na substituição de refrigerador, freezer e ar condicionado. Cada cliente pode trocar dois equipamentos em um prazo de 24 meses e a bonificação varia de R$ 244 a R$ 500. Por um ar condicionado de 7.000 BTUs, por exemplo, o cliente recebe crédito de R$ 240, e pelo de 24.000 BTUs o valor sobe para R$ 290. Em contrapartida, os usuários deverão contribuir com o reflorestamento da Mata Atlântica. Consumidores de 100 KWh/mês a 200 KWh/mês doam R$ 5 durante os dois anos; acima de 200 KWh/mês até 400 KWh/mês pagam R$ 7; e acima de R$ 400 KWh/mês pagam R$ 10.
A Coelba iniciou este programa há apenas dois meses. No entanto, muitos consumidores, segundo a Neoenergia, já trocaram equipamentos e as economias são significativas. "O projeto começou na Coelba em maio, mas muita gente já trocou eletrodoméstico e a redução na conta de energia é, em média, de 30%". Os participantes do Energia Verde recebem ainda cinco lâmpadas fluorescentes. Embora já tenha sido lançado na Cosern, o projeto começará a funcionar no Rio Grande do Norte no próximo dia 1º de setembro, mesma data prevista para o início do projeto pela Celpe.
O programa Educação com Energia é um dos mais recentes da Neonergia. Lançado na semana passada através da Celpe, um caminhão adaptado a uma sala de aula percorre escolas públicas e particulares do interior do estado de Pernambuco para ensinar medidas de eficiência energética a alunos e professores. "Primeiro sensibilizamos o aluno, depois fazemos um treinamento com o professor para que ele continue esta ação com os estudantes", explica Ana Christina. A iniciativa atenderá mais de 20 mil alunos de 164 escolas dos ensinos médio e fundamental. O tempo em que o caminhão permanece em cada unidade de ensino depende da quantidade de turmas, mas a média é de três a quatro dias. O programa tem duração de um ano, mas poderá ser prolongado. A previsão é que Coelba e Cosern implementem o Educação com Energia no próximo ano.
Energia Solar - Além do valor total de R$ 57,638 milhões destinado a programas de eficiência energética nas três distribuidoras desde o ano passado, a Neoenergia tem ainda um projeto de energia solar. Em parceria com o governo do estado da Bahia, a Coelba pretende implantar células fotovoltaicas no estádio Governador Roberto Santos, popularmente conhecido como Pituaçu. O projeto deve ser apresentado à Agência Nacional de Energia Elétrica no final de agosto. A intenção é assinar o convênio com o governo na partida entre Brasil e Chile, pelas eliminatórias da Copa do Mundo, que será realizado neste estádio no próximo dia 8 de setembro.
Serão investidos neste projeto cerca de R$ 5 milhões, dos quais 20% serão pagos pelo governo. Segundo Ana Christina, com a aprovação da Aneel, a instalação das placas solares começaria em setembro e finalizaria, no máximo, em fevereiro de 2010. "Há uma idéia no Brasil de que os estádios da Copa do Mundo sejam sustentáveis e o de Pituaçu funcionaria como demonstração piloto", destacou a executiva, lembrando que é o Fonte Nova o estádio que receberá os jogos da Copa na Bahia. A Neonergia ainda vai definir se este será um projeto de pesquisa e desenvolvimento ou de eficiência energética.
Minha Casa, Minha Vida - Outro projeto que ainda não foi apresentado à Aneel refere-se ao convênio firmado no mês passado entre a Caixa Econômica Federal e a Neoenergia. O grupo vai doar geladeiras, lâmpadas e aquecedores solares para as habitações financiadas pela CEF no programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida. O convênio tem prazo de doze meses com possibilidade de renovação. O investimento no projeto vai depender da quantidade de imóveis ofertados às famílias, cuja renda seja de até três salários mínimos, faixa que será beneficiada pela Neoenergia. De acordo com Ana Christina, será possível ajudar todos os participantes. "Para construir esse tipo de moradia leva, pelo menos, 18 meses. Então é um convênio que todo ano poderemos fazer sem onerar muito a concessionária. Conforme as casas sejam entregues a gente vai beneficiando os moradores", finalizou a executiva.
Brasil - Com uma área de concessão que reúne aproximadamente 29 milhões de clientes, referente às três distribuidoras que controla, a Neoenergia passou a colocar as fichas na eficiência energética nos últimos anos, como forma de beneficiar uma parcela desse universo que enquadra-se na categoria baixa renda, mas sem se esquecer dos demais clientes da companhia. A aposta pode ser verificada nos números da companhia, que já investiu entre 2008 e 2009 mais de R$ 57 milhões em projetos de eficiência energética.
Os resultados significativos dos projetos de eficiência energética das distribuidoras da Neoenergia estimulam a companhia a investir nesta área. "Em comunidades populares a gente tem uma inadimplência alta e nós conseguimos diminuir isso com os projetos. Com a redução do consumo por meio da troca de geladeira e lâmpadas, eles conseguem pagar a conta de luz, então reduzimos os cortes e as perdas de energia", segundo a assessora de eficiência energética do grupo, Ana Christina Mascarenhas.
Em programas, a Companhia Energética da Bahia (Coelba) empregou nos dois anos R$ 29,917 milhões, a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) contabilizou R$ 23,167 milhões e a Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern) investiu R$ 4,554 milhões. De acordo com Ana Christina, a Neoenergia trabalha com projetos iguais nas três concessionárias visando a unificá-los. "O programa é lançado em um local como piloto e depois o executamos em outras áreas através das outras distribuidoras", explicou a executiva, em entrevista exclusiva à Agência CanalEnergia.
Entre os programas de eficiência energética está o Nova Geladeira, que consiste na venda de geladeira eficiente para a população de baixa renda, a preços subsidiados. Tanto a Celpe como a Cosern vendem o eletrodoméstico a R$ 180. Já na Coelba o equipamento custa R$ 120. "Na Bahia, a gente conseguiu uma parceria com o governo do estado, que retirou o ICMS da geladeira", explica Ana Christina. O pagamento pode ser feito à vista ou parcelado. Para comprar o equipamento, os clientes devem ser moradores de comunidades populares, ter consumo acima de 80 KWh/mês nos últimos três meses e ser de classe residencial monofásica.
Iniciado no ano passado, o programa tem uma meta inicial de venda de 11.000 geladeiras na Coelba, 5.000 na Celpe e 3.000 na Cosern. Embora as distribuidoras devam atingir estes valores em setembro, a Neoenergia pretende continuar com o projeto no próximo ano. "Já estamos finalizando o projeto mas a gente deve continuar devido à grande receptividade. A partir de outubro a gente deve fazer um novo projeto, com uma nova meta", diz Ana Christina, ressaltando que a Neoenergia também substitui a fiação das residências beneficiadas pelo programa, além de trocar as lâmpadas incandescentes das casas por fluorescentes compactas. O investimento neste projeto já contabiliza mais de R$ 20 milhões das três concessionárias: Coelba, com R$ 11,852 milhões, Celpe, com outros R$ 6,371 milhões e Cosern, que já aplicou R$ 2,033 milhões.
A Neoenergia também recolhe o equipamento antigo, recicla e, no caso da Coelba, vende a sucata. A verba é revertida para projetos sociais. Desde início do projeto, a Coelba já arrecadou com esta venda cerca de R$ 300 mil. Antes de começarem as vendas das geladeiras, as três distribuidoras faziam doações do equipamento. Com exceção da Cosern, ainda hoje as concessionárias concedem gratuitamente o eletrodoméstico, mas apenas em casos específicos. Desde 2006, comenta Ana Christina, já foram doadas pelo grupo mais de 26 mil geladeiras. Para este ano a meta de doação da Celpe é de 9 mil geladeiras.
Energia Verde - Outro programa de eficiência energética do grupo é o Energia Verde, que prevê bônus creditado na conta de energia dos participantes, para que seja utilizado na substituição de refrigerador, freezer e ar condicionado. Cada cliente pode trocar dois equipamentos em um prazo de 24 meses e a bonificação varia de R$ 244 a R$ 500. Por um ar condicionado de 7.000 BTUs, por exemplo, o cliente recebe crédito de R$ 240, e pelo de 24.000 BTUs o valor sobe para R$ 290. Em contrapartida, os usuários deverão contribuir com o reflorestamento da Mata Atlântica. Consumidores de 100 KWh/mês a 200 KWh/mês doam R$ 5 durante os dois anos; acima de 200 KWh/mês até 400 KWh/mês pagam R$ 7; e acima de R$ 400 KWh/mês pagam R$ 10.
A Coelba iniciou este programa há apenas dois meses. No entanto, muitos consumidores, segundo a Neoenergia, já trocaram equipamentos e as economias são significativas. "O projeto começou na Coelba em maio, mas muita gente já trocou eletrodoméstico e a redução na conta de energia é, em média, de 30%". Os participantes do Energia Verde recebem ainda cinco lâmpadas fluorescentes. Embora já tenha sido lançado na Cosern, o projeto começará a funcionar no Rio Grande do Norte no próximo dia 1º de setembro, mesma data prevista para o início do projeto pela Celpe.
O programa Educação com Energia é um dos mais recentes da Neonergia. Lançado na semana passada através da Celpe, um caminhão adaptado a uma sala de aula percorre escolas públicas e particulares do interior do estado de Pernambuco para ensinar medidas de eficiência energética a alunos e professores. "Primeiro sensibilizamos o aluno, depois fazemos um treinamento com o professor para que ele continue esta ação com os estudantes", explica Ana Christina. A iniciativa atenderá mais de 20 mil alunos de 164 escolas dos ensinos médio e fundamental. O tempo em que o caminhão permanece em cada unidade de ensino depende da quantidade de turmas, mas a média é de três a quatro dias. O programa tem duração de um ano, mas poderá ser prolongado. A previsão é que Coelba e Cosern implementem o Educação com Energia no próximo ano.
Energia Solar - Além do valor total de R$ 57,638 milhões destinado a programas de eficiência energética nas três distribuidoras desde o ano passado, a Neoenergia tem ainda um projeto de energia solar. Em parceria com o governo do estado da Bahia, a Coelba pretende implantar células fotovoltaicas no estádio Governador Roberto Santos, popularmente conhecido como Pituaçu. O projeto deve ser apresentado à Agência Nacional de Energia Elétrica no final de agosto. A intenção é assinar o convênio com o governo na partida entre Brasil e Chile, pelas eliminatórias da Copa do Mundo, que será realizado neste estádio no próximo dia 8 de setembro.
Serão investidos neste projeto cerca de R$ 5 milhões, dos quais 20% serão pagos pelo governo. Segundo Ana Christina, com a aprovação da Aneel, a instalação das placas solares começaria em setembro e finalizaria, no máximo, em fevereiro de 2010. "Há uma idéia no Brasil de que os estádios da Copa do Mundo sejam sustentáveis e o de Pituaçu funcionaria como demonstração piloto", destacou a executiva, lembrando que é o Fonte Nova o estádio que receberá os jogos da Copa na Bahia. A Neonergia ainda vai definir se este será um projeto de pesquisa e desenvolvimento ou de eficiência energética.
Minha Casa, Minha Vida - Outro projeto que ainda não foi apresentado à Aneel refere-se ao convênio firmado no mês passado entre a Caixa Econômica Federal e a Neoenergia. O grupo vai doar geladeiras, lâmpadas e aquecedores solares para as habitações financiadas pela CEF no programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida. O convênio tem prazo de doze meses com possibilidade de renovação. O investimento no projeto vai depender da quantidade de imóveis ofertados às famílias, cuja renda seja de até três salários mínimos, faixa que será beneficiada pela Neoenergia. De acordo com Ana Christina, será possível ajudar todos os participantes. "Para construir esse tipo de moradia leva, pelo menos, 18 meses. Então é um convênio que todo ano poderemos fazer sem onerar muito a concessionária. Conforme as casas sejam entregues a gente vai beneficiando os moradores", finalizou a executiva.
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