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1º LEILÃO DE ENERGIA SOLAR

Aos que duvidaram que esse dia ia chegar...olha aí! 1° Leilão de Energia solar. Mas, o caminho é longo para tornar a energia solar realmente competitiva...

A inserção da energia solar na matriz energética brasileira vai depender de subsídios para se viabilizar. De acordo com estudo da Empresa de Pesquisa Energética, entregue para o Ministério de Minas e Energia em maio passado e apresentado nesta terça-feira, 3 de julho, a fonte é hoje competitiva para 15% dos consumidores de 10 concessionárias, como a Ampla, Cemig e Eletrobras Distribuição Acre, para geração distribuída. Mas quando uma série de incentivos como melhores condições de financiamento, isenção fiscal, financiamentos e desconto em imposto de renda são aplicados de maneira acumulada ao consumidor esse percentual de alcance aumenta para 98% dos consumidores em 60 concessionárias.
De acordo com o presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, essas medidas garantem uma expansão da fonte mais rápida. "Para ampliar deve haver incentivos ou aguardar alguns anos o preço cair", comenta. O estudo também é motivado pela recente resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica que regulamentou a geração distribuída. O estudo feito o pela EPE tomou por base que o investimento em um painel residencial de 5 KWp, usado por uma casa de classe média com vida útil de 20 anos será de R$ 38 mil e terá um custo nivelado de geração de R$ 602 MWh e seria viável para consumidores de dez concessionárias ou 15% do consumo residencial. "As tarifas das distribuidoras para esses consumidores são mais caras nesse cenário que a solar distribuída compensa", explica. Nem todos os consumidores poderão usar a geração distribuída. Usuários da tarifa social e apartamentos, por exemplo ficam de fora.
Na primeira simulação de incentivos, em que são fornecidas ao consumidor condições de financiamento semelhantes as oferecidas pelo Programa de Apoio a Projetos de Eficiência Energética do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o custo nivelado cai de R$ 602 MWh para R$ 585 MWh e seu raio de alcance chega a 21% do consumo residencial nacional e viável em 17concessionárias. A segunda hipótese apresenta a energia fotovoltaica, com isenção de PIS e Cofins, além do IPI e ICMS que ela já goza, com o preço de R$ 549 MWh, viável para 28 concessionárias e 29% dos consumidores.O terceiro cenário adotado pela EPE, em que é concedido incentivo via imposto de Renda, é adotado nos Estados Unidos e o custo iria para R$ 465 MWh, alcançando 69% do consumo e 52 concessionárias.
"Nos dois primeiros anos após ter instalado o painel na sua casa, ele pode descontar 15% do investimento no Imposto de Renda", exemplifica Tolmasquim. O cenário que consegue tornar a geração distribuída solar viável para 60 distribuidoras e 98% do consumo residencial brasileiro no preço de R$ 409 MWh é resultado da aplicação acumulada de todos os investimentos anteriores.
Na geração centralizada, a que compete em leilões de energia, como a energia solar fotovoltaica, também foram levantados vários cenários, mas o preço tornou-se inviável em todos eles. Conforme já defendido em outras ocasiões pelo presidente da EPE, existe a possibilidade de se realizar um leilão específico de quantidades pequenas para a energia solar, feito apenas para criação de uma dinâmica. "Hoje o debate está dividido nessas duas frentes: criar a massa crítica com o leilão ou esperar, já que a tendência do preço é cair", opina.
O executivo prefere que a fonte entre na competição junto com as demais antes do específico, para que seja aferido o seu potencial de oferta ou para que possa surgir uma oferta que a deixe competitiva. "Um empreendedor pode fazer uma equação que o deixe competitivo. É preciso deixar entrar para mapear a oferta, sentir", aposta. Existe a possibilidade de em 2013 a fonte ser apresentada em leilão.
A energia solar tem o preço atual de R$ 405 por MWh, contra um valor médio de R$ 151 conseguido nos leilões. A EPE mostrou o cenário em que sairiam vencedoras do leilão usinas que estivessem com um fator de capacidade de 18%, em áreas de forte insolação. O preço foi reduzido em R$ 41 e iria para R$ 364 MWh, continuando inviável. A outra hipótese observada foi a do financiamento com juros a 3%, que deixaria o preço em R$ 335 MWh. O último cenário mostra incentivos para módulos, com isenção de IPI, ICMS, Cofins, em que o preço da energia solar cairia mais R$ 34, chegando no seu patamar mais baixo de R$ 302.


Mais informações a respeito do Primeiro Leilão acesse:

http://www.bioenergy.com.br/docleiloes/Edital_Leilao_BIOENERGY_2012.pdf
http://www.bioenergy.com.br/leiloes

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