Rodrigo Regis
* Assessor de P&D da Fundação ITAIPU.
* Engenheiro Eletricista e Mestre em Engenharia de Sistemas
* Consultor de Empresas em Projetos de Inovação para o Setor
Elétrico
O objetivo das redes elétricas
inteligentes (REI) é bastante amplo e precisamos entender dentro do mercado de
energia, quais são as demandas e quem são os interessados. O nome “Smart Grids”
acabou virando um marketing e seu conceito é bastante amplo, por isso é preciso
delimitar bem os segmentos que iremos atuar quando tratamos do assunto. Não
podemos dizer que a nosso Sistema Interligado Nacional não possui inteligência,
logo temos, sim, já uma rede inteligente. Todavia, o que precisamos desenvolver
mais? O que é de fato um REI?
Pois bem, o objetivo da rede
elétrica inteligente é prover a rede com um sistema tecnológico que permita o
consumidor final fazer a escolha sobre como e quando usar a energia de forma
mais eficiente. Também, é objetivo das REI melhorar a operabilidade do sistema
elétrico, aprimorar qualidade de energia, reduzir as perdas técnicas e
comerciais, viabilizar a integração de fontes alternativas de energia a rede de
distribuição, integrar sistemas de armazenamento de energia inteligente, fazer
previsão de falhas do sistemas, prover através de sistemas computacionais as
curvas de demanda e, assim, auxiliar na comercialização de energia e viabilizar
o crescimento da geração distribuída e o mercado livre de energia. Enfim, as
REI provem através da automação, telecomunicações e TI na rede, a integração
total entre a geração e os consumidores finais. Portanto, precisamos entender
quais as demandas deste vasto mercado e quais segmentos atuar.
Podemos identificar de maneira
macro 3 mercados, são eles: as Distribuidoras de Energia, a Geração Distribuída e a Eficiência Energética. E o que
torna esse mercado complexo é o fato que os objetivos de cada um desses
segmentos, muitas vezes, possuem interesses conflitantes. Portanto, é
importante, dentro do grande mercado de REI identificar o que interessa a cada
segmento.
Atualmente, no Brasil a
infraestrutura de geração, transmissão e distribuição vem sofrendo com as
perdas comerciais e técnicas de energia devida obsolescência da rede. De acordo
com a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), as perdas comerciais
contabilizam em 8,7% da energia produzida internamente, o que equivale a toda a
energia produzida na Planta de Santo Antônio. O plano de expansão de Energia
faz uma previsão de um amento de demanda de 54% entre os anos de 2010 e 2019.
Com um benefício adicional, a implementação do Programa de Eficiência
Energética e o incentivo a geração distribuída associada a redes elétricas
inteligentes podem melhorar a utilização da capacidade instalada e adiar a
necessidade de investimentos na expansão o Sistema Elétrico Brasileiro.
Além disso, o desenvolvimento das
Redes Elétricas Inteligentes no Brasil pode definir um novo marco para a
indústria elétrica e pode tornar o mercado mais dinâmico de energia através de
novas formas de ações dos agentes do mercado, que inclui a oportunidade para os
usuários para operar tanto como produtores e consumidores de energia.
Do ponto de vista comercial este
fato contribui para a expansão do mercado livre e enfatiza a adaptação dos
mecanismos de mercado na oferta e procura incentivando a participação eficaz de
pequenos agentes – consumidores e produtores.
Realmente essa matéria é muito interessante! Parabéns ao autor! Abraços, Gustavo/RS.
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Prezado Gustavo,
Excluirobrigado pelo elogio!
Não conseguir entrar no seu blog.
Abraço